
Voando além das margens desse céu.
Se acordado, sonho. O sonho é a chave.
Entre a ave e a terra estava eu.
Um arco-íris seguindo a grande chuva;
Um vaso nas mãos de uma criança;
Uma mulher escultural pisando uvas
Que eu bebia em horas de bonança.
Uma mão pousada no meu ombro,
Um ombro encostado à minha mão,
A minha mão tocando Galateia;
Oh, a vida!, a vida!, grande assombro!
Se bem me sinto é porque sonho e não
Por ter o gozo dela na ideia!
Lisboa, 27/03/94 - 29/12/00
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