Tuesday, May 29, 2007

Scribo Ergo Sum!

Este livro que tens fi-lo de versos;
Um cofre de absurdos pensamentos;
Um alfarrábio negro de dispersos
E entrecruzilhados sentimentos.

É uma árvore seca cujas folhas
Caíram logo, à vinda do Outono,
E foram soçobrando. Tantas escolhas
Falhei por entre as dúvidas e o sono!

E assim ando! Por casa de mágoas,
Que tinha à porta uma velha tranca
Que algum descuidado atirou fora!

Entraram pela porta jorros de água
Que a esponja da lógica não estanca.
Ó fim que há tanto espero, é a hora!

Lisboa, 07/01/94

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