Saturday, August 4, 2007

Hino Triunfal dos Servidores dos Dias

O que dizemos
Ninguém dirá.
Como o fazemos
Ninguém fará.
Palavras, gestos,
Sonhos e gritos,
São os cartazes
Do Manifesto,
As bocas molhadas
No fim dos apitos.
É tudo fúria
De sermos vivos,
É tudo coro
De um só protesto;
Não somos Homens,
Somos Meninos,
Desintegrados
Num livro aberto.
Somos os deuses
De cada Igreja,
Os pontos negros
De cada verso,
Somos os corpos
Em que o amor sobeja,
Somos partículas
Indefinidas
Do Universo!

Lisboa, 06/02/97[1]

[1] De um poema de Carlos Queirós/oz.

No comments: