I
Tens o sono,
Tens a vida,
Tens a morte…
II
Pouca-sorte, pouca-sorte, pouca-sorte…
III
E por ti espero ao longo dos meus dias,
IV
Como espero?
Porque espero?
Por que espero?
De quem espero novas novas de alegria?
V
Pouca-terra, pouca-terra, pouca-terra, que agonia!
VI
A espera é o lugar do desespero em que se antecipa a morte e a vida se adia.
VII
Pouca-sorte, pouca-terra, pouca-sorte, paranorte passaporte paraamorte,
Papaléguas, dámetréguas, dámevidas…
VIII
Pois…
Tens o sono,
Tens a vida,
Tens a morte…
Tens talvez a fome de ganhar…
VI
E que sorte não teres sorte para amar!
(Lisboa, 17/12/99)
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