I
Viajamos num mundo de sonhos
Que nos assusta por vezes,
Que nos parece medonho.
Caminhamos num espaço
Descido por escadas corridas
De medo e mágoa.
Encontramos a cada passo.
O cruzamento de inúmeros rios
Que nos afogam inter calados.
Devoramos o espaço
Com um intenso desejo de poder-
Mos viver des controlados.
Calçamos as luvas dos outros
Para aquecer o frio,
Bebemos sôfregos
Garrafas e garrafas de vinho
Para não sermos sozinhos,
Para esquecermos o Passado,
E partilharmos a cama
E o sexo
Possesso
Com o vazio.
Lisboa, 20/08/97
II
O marinheiro iça a vela
Do fundo do seu mastro –
Está na hora
De descobrir Novos Mundos.
Sacudindo do ombro uma cidade adormecida,
Está de partida
Para Novas Paragens,
Distantes de um Passado moribundo.
Aqui nesta barca,
Coleccionam-se retalhos da vida,
De porto em porto,
Guardam-se fotografias de olhares profundos,
Recordados por flashes de memória.
Aqui nesta barca,
Bebemos rum para aquecer o corpo,
Contamos histórias de piratas,
E escrevemos a nossa própria História.
Lisboa, 20/08/97
Saturday, July 28, 2007
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