Vislumbro-te estendida sobre as flores.
Falamos de segredos empilhados,
De sonhos e desejos arrancados
À Ilha dos Amores...
São estes silêncios penetrantes
Soando repentinos no ouvido
Que me dão esta fome altissonante
De falar contigo...
Juraste ler nas linhas que há na terra
A Face Universal da Poesia.
São estes silêncios penetrantes
Soando repentinos no ouvido
Que me dão esta fome altissonante
De falar contigo...
Juraste ler nas linhas que há na terra
A Face Universal da Poesia.
Disseste conhecer um tal feitiço
Que acaba com a dor e com o enguiço
Como que por Magia...
São estes silêncios inocentes
São estes silêncios inocentes
Soando repentinos no ouvido
Que me dão a vontade inconsciente
De estar contigo.
Entornámos, nervosos, as palavras
Sobre toalhas tímidas, coradas;
Tricotámos os dedos que tremiam,
Entrelaçámos braços que fremiam,
Que me dão a vontade inconsciente
De estar contigo.
Entornámos, nervosos, as palavras
Sobre toalhas tímidas, coradas;
Tricotámos os dedos que tremiam,
Entrelaçámos braços que fremiam,
Cantámos cem baladas...
São estes silêncios fabricados
Soando repentinos no ouvido,
Que me dão o desejo incontrolado
De dormir contigo.
Quiseste então sondar-me o coração.
São estes silêncios fabricados
Soando repentinos no ouvido,
Que me dão o desejo incontrolado
De dormir contigo.
Quiseste então sondar-me o coração.
Falaste-me de Deus e das marés –
Beijaste-me no rosto envergonhado,
Saraste-me essas chagas do Passado,
Deitáste-te a meus pés...
São estes silêncios estonteantes
Soando repentinos no ouvido
Que me dão o desígnio hilariante
De morrer contigo...
Lisboa, 26-05-98
São estes silêncios estonteantes
Soando repentinos no ouvido
Que me dão o desígnio hilariante
De morrer contigo...
Lisboa, 26-05-98
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